No dia 24 de dezembro de 1996, o voo AF 8969 decolou do aeroporto de Argel com destino a Paris. Era um Airbus A300B2-1C, que havia entrado em serviço em 1986 e acumulou 23.475 horas de voo e 6.556 ciclos. A tripulação era composta por três pilotos e nove comissários de bordo. Havia 220 passageiros a bordo, incluindo 79 franceses, 77 argelinos, 38 marroquinos, 18 tunisianos, 5 belgas e 3 britânicos. Também havia um bebê e cinco crianças.

O voo transcorreu normalmente até o momento em que se aproximou de Marselha. Lá, quatro terroristas islâmicos, membros do Grupo Islâmico Armado (GIA), que queriam reviver a Guerra da Independência da Argélia, embarcaram no avião, fazendo reféns vários passageiros e tripulantes. Eles planejavam aterrissar no aeroporto Orly em Paris, tomar o controle do avião e usá-lo como arma para atacar pontos estratégicos de Paris.

O plano dos sequestradores foi frustrado quando o avião teve que pousar em Marselha para reabastecer. O governo francês iniciou negociações com os sequestradores, que exigiam a libertação de seus companheiros presos na Argélia. Negociações ainda continuaram durante a rota de Marselha-Praga, mas foram eventualmente abandonadas enquanto o avião se aproximava de Paris.

No entanto, com a ajuda da equipe de segurança francesa, a equipe conseguiu neutralizar três dos quatro sequestradores, em um confronto que resultou em mortes e feridos entre os reféns. O quarto sequestrador foi preso em Paris.

Foi então que, durante a fuga para a cidade de Lyon, o piloto do avião decidiu pousar o avião em um campo próximo à cidade italiana de Prato, na região da Toscana. O pouso foi mal sucedido, e o avião acabou atingindo uma colina próxima, explodindo em uma enorme bola de fogo.

O acidente matou três passageiros e um dos sequestradores. Mas, graças à coragem e dedicação da tripulação, dos passageiros e dos policiais franceses, muitas outras vidas foram salvas.

A investigação subsequente revelou que o acidente foi causado por uma série de fatores, incluindo um erro da tripulação na seleção do modo de pouso, falta de treinamento específico para pouso em condições precárias, além de um mau funcionamento de um componente do sistema de navegação. Ainda assim, fica claro que a coragem da tripulação e dos passageiros impediu uma tragédia maior.

Assim, o acidente “Crash Prato” entra para a história como mais um exemplo da importância da segurança aérea e do papel essencial desempenhado pelos profissionais da aviação no mundo todo.