A crise da terceira idade em Portugal tem sido um assunto cada vez mais relevante, conforme a população envelhece e a expectativa de vida aumenta. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2019, a população acima de 65 anos representava mais de 21% do total, e a projeção é que esse número chegue a quase 30% em 2050.

Esse envelhecimento da população tem desafios tanto para a saúde quanto para a economia do país. Na saúde, é necessário garantir o acesso a cuidados adequados e de qualidade, considerando que a terceira idade é marcada por uma maior vulnerabilidade a doenças crônicas e degenerativas, como Alzheimer, Parkinson e diabetes. Além disso, problemas como a solidão e a depressão são mais comuns entre idosos, exigindo uma abordagem integrada e mais ampla.

Já no âmbito econômico, há um desafio relacionado à manutenção do sistema de segurança social e da previdência, que dependem da contribuição de trabalhadores ativos para sustentar a aposentadoria e os cuidados de saúde dos idosos. Com o envelhecimento da população, a proporção de trabalhadores ativos em relação aos aposentados se torna menor, aumentando a pressão sobre o sistema.

Para lidar com esses desafios, é necessário discutir perspectivas para o futuro, considerando os avanços na tecnologia e na medicina que podem melhorar a qualidade de vida e a autonomia dos idosos. Investimentos em políticas públicas que incentivem a permanência dos idosos no mercado de trabalho, como a flexibilização das jornadas e a criação de vagas específicas, também podem ajudar a garantir uma maior sustentabilidade econômica.

Por fim, é fundamental valorizar e reconhecer a contribuição dos idosos para a sociedade, promovendo a inclusão e a participação ativa em atividades culturais, recreativas e de voluntariado. Um envelhecimento ativo e saudável é um direito humano e uma oportunidade para uma sociedade mais justa e equitativa.

Em resumo, a crise da terceira idade em Portugal é um tema desafiador e complexo, mas também abre espaço para repensar nosso futuro enquanto sociedade. Com uma abordagem integrada e articulada, é possível enfrentar os desafios e construir uma sociedade mais inclusiva e solidária.